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Apr 9, 2022

April

"Some big tech became big by plundering our data without asking for permission (…) we were told that it was necessary for our gadgets to keep on working as they do (…).” Although “[w]e know that it is possible to have cutting-edge tech gadgets without privacy invasions.” Carissa Véliz (2020). Privacy is Power: Why and How You Should Take Back Control of Your Data. Photo taken Abril 3, 2022, by Monica Pinheiro, license CC BY-NC-SA ( CC ).

Aug 19, 2021

August

More (digital) data about consumers / citizens should be synonym with increased ethical use behaviours, but is it? Image by Monica Pinheiro, license CC BY-NC-SA (CC).

Feb 18, 2021

February

 

«In this picture, commercial surveillance is not merely an unfortunate accident or occasional lapse. It is neither a necessary development of information capitalism nor a necessary product of digital technology or the internet. It is a specifically constructed human choice, an unprecedented market form, an original solution to emergency, and the underlying mechanism through which a new asset class is created on the cheap and converted revenue. Surveillance is the path to profit that overrides “we the people”, taking our decision rights without permission and even when we say “no”. » Shoshana Zuboff, 2019. The Age of Surveillance Capitalism: the fight for a human future at the new frontier of power. Image by Monica Pinheiro, license CC BY-NC-SA (CC).

2021 11 14 note: See comments on rights conceded by Portuguese law in  https://www.panelfit.eu/wp-content/uploads/2021/09/Portugal.pdf 

Feb 5, 2021

Fevereiro

Fui uma grande entusiasta, no final do século XX e no início do século XXI, de diversas ferramentas, tecnologias e produtos com base na internet. «Gastei» horas infidáveis a pesquisar, a observar, a experimentar, a ler, a aprender e a difundir diversas tecnologias que permitiam aproximar-nos e colaborar com quem estava longe, mas também com quem estava próximo. Para lá do tempo, investi outros recursos pessoais para os explorar, como diversos artefactos, comunicações e dados. Muitas das tecnologias foram sendo discontinuadas e levando com elas todo o investimento feito. Mas apesar dessas perdas, mantinha-me sempre animada para recomeçar a experimentar uma nova tecnologia e voltava a investir mais recursos. Cheguei a dar formação no Laboratório em que trabalhava (foto acima), noutras instituições e associações de profissionais, para que mais pessoas pudessem incorporar aquelas ferramentas em contexto de trabalho, tal como a utilização de blogs no contexto organizacional. 

Em 2021, é difícil ignorar a informação que alerta para outros custos muito elevados, mas menos visíveis, na utilização de muitos serviços, produtos ou apps, que assentam na internet, e cujo uso se intensificou. Entre os elevados custos, encontramos o roubo de dados e informação pessoal existentes nos nossos artefactos de informação (portáteis, laptop, telefones, sensores corporais, etc.) através de pishing, malware, trojans, etc, mas também através de utilização abusiva e desporporcional dos nossos dados e informações pessoais, por exemplo para podermos utilizar um equipamento que comprámos ou até para consulta de um mero site de notícias, em que somos obrigandos a prescindir de direitos fundamentais, como o direito à privacidade. 

A voracidade e insaciabilidade destes «novos modelos de negócio», alimentados pela nossa informação pessoal e a rastreabilidade dos nossos comportamentos do quotidiano (dentro e fora do espaço internet) e dos restantes equipamentos que fazem parte da nossa ecologia informacional, passou a ser matéria prima para que diversas empresas produzam outros produtos e serviços e os vendam a quem esteja interessado neles e tenha o dinheiro ou poder para os adquirir. Shoshana Zuboff, em The Age of Surveillance Capitalism (2019), apresenta uma descrição e caracterização arrepiante do que está a ser feito, com base numa extensa lista de referências académicas, jornalisticas e conversacionais, que não é possível ignorar após leitura.

Não quero (nem gosto) que os meus dados e a minha informação pessoal (que só a mim devem pertencer), aquela que escolho não partilhar de forma pública, sejam utilizados para quaisquer fins que não aqueles que explicitamente e de forma informada fizer, muito menos para serem utilizados para manipular os meus comportamentos (ou os das pessoas de quem gosto ou com quem possa interagir), por exemplo, mostrando apenas informação que achem (ou que os algoritmos achem) que eu devo ter acesso ou vendendo informação pessoal e privada minha a terceiros para que façam o que lhes apetecer com eles, por exemplo, devassarem a minha vida privada. Não posso pactuar com estes modelos a que chamam de negócio nem com os princípios de atuação. Estas práticas ultrapassam todos os limites do aceitável. Nenhum produto, por tão bom que seja, vale o direito à nossa privacidade e o direito de escolher os pedaços de vida que partilhamos com aqueles que, a cada instante, de forma livre sem coersão, escolhemos partilhar. A tecnologia não obriga a que seja assim. As pessoas que desenham essas tecnologias é que fazem com que seja obrigatória.

Por ora, só posso fazer o que tenho ao meu alcance, ainda que represente perdas e custos de diversa ordem, mas estou de forma progressiva a recusar aceder a páginas que me obriguem a aceitar a perda de direitos básicos, de forma desporporcionada para o benefício que possa ter e gradualmente estou a deixar de utilizar outros espaços que eram de encontro com amigos e outras pessoas que gostava de ir acompanhando, mas que me obriguem a abdicar destes direitos fundamentais. Dei início a esta marcha o ano passado com o Facebook (deixando de utilizar, mas com dificuldade em eliminar o que lá está, dadas as políticas que têm em vigor). Recentemente desinstalei o browser que vinha usando, não tendo a certeza de ter conseguido remover todas as suas componentes. 

Tomei também a resolução de deixar de recomendar, na esfera profissional e privada, todos os produtos/serviços/instituições que, mesmo que sejam muito interessantes/úteis/etc, enveredem pelas mesmas práticas lesivas de direitos fundamentais e de forma abusiva, previligiando aqueles que ofereçam opções de utilização que não sejam lesivas nem façam abdicar de direitos fundamentais consagrados, pelo menos em Portugal e na União Europeia.

Quero acreditar, que o Blogger e o Blogspot continuam a oferecer condições de utilização mutuamente benéficas, dentro de limites razoáveis, para que possa continuar a investir o meu tempo e outros recursos na criação de conteúdos de acesso livre, sem retorno para os meus investimentos, a não ser poder partilhar o que escolho, de forma livre e voluntária e cujo acesso torno público.

Image by Monica Pinheiro, license CC BY-NC-SA (CC).

2021 11 14 note: See comments on rights conceded by Portuguese law in  https://www.panelfit.eu/wp-content/uploads/2021/09/Portugal.pdf

Aug 19, 2019

Improve

August 2019 

 "(...) any knowledge we have is dependent on the technology, circumstances, situations, and actions from which it was constructed. (...) knowing, doing, feeling, and making sense are inseparable. Pragmatism is a practical, consequential philosophy, a practice that is concerned with imagining and enriching as much as understanding. The test it sets itself is to improve things."John McCarthy & Peter Wright, 2004. Technology as experience. London, MIT Press. Image by Monica Pinheiro, license CC BY-NC-SA (CC)

Dec 19, 2018

(re)encountering spaces

"(...) new technologies inherently cause people to reencounter spaces. This is not a question of mediation, but rather one of simultaneous layering. (...) The spaces into which new technologies are deployed are not stable, not uniform, and not given." P. Dourish & G. Bell (2007). The infrastructure of experience and the experience of infrastructure: meaning and structure in everyday encounters with space. Environment and Planning B: Planning and Design, vol. 34(3), pp.414-430. Image by Monica Pinheiro, license CC BY-NC-SA (CC)

Feb 1, 2017

Human-Built World

"Technology is messy and complex. It is difficult to define and to understand. In its variety, it is full of contradictions, laden with human folly, saved by occasional benign deeds, and rich with unintended consequences." Hughes, T. P. (2004). Human-Built World: How to Think about Technology and Culture. University Of Chicago Press.
Image by Monica Pinheiro, license CC BY-NC-SA (CC), November 17, 2009

Nov 10, 2015

technology non-use

Eric P.S. Baumer, Morgan G. Ames, Jenna Burrell, Jed R. Brubaker, and Paul Dourish (2015). Why study technology non-use? First Monday, Volume 20 (11), November 2nd:
"Technology non-use offers a fascinating sociotechnical phenomenon worthy of study per se. However, it also provides an opportunity to rethink how we approach, study, and conceptualize human relationships with, and through, technology."

Feb 1, 2011

Technology interference in data collection, transcription and analysis

Another number of the Forum Qualitative Social Research is out, and although just gave a superficial reading to the table of contents and one of the contributions, the article by Jeanine Evers seem to answer some of my questions and issues when dealing with the huge amount of visual data (mainly photos) that I've collected for my research:
Evers, Jeanine C. (2011). From the Past into the Future. How Technological Developments Change Our Ways of Data Collection, Transcription and Analysis [94 paragraphs]. Forum Qualitative Sozialforschung / Forum: Qualitative Social Research, 12(1), Art. 38.
The whole issue is dedicated to «Discussions on Qualitative Data Analysis Software by Developers and Users», which should be of interest for many people doing qualitative research and/or developing technological tools for qualitative analysis, reporting «The KWALON Experiment»:
"The KWALON Experiment consisted of five developers of Qualitative Data Analysis (QDA) software analysing a dataset regarding the financial crisis in the time period 2008-2009, provided by the conference organisers. Besides this experiment, researchers were invited to present their reflective papers on the use of QDA software. This introduction gives a description of the experiment, the "rules", research questions and reflective points, as well as a full description of the dataset and search rules used, and our reflection on the lessons learned."

Sep 10, 2010

Distance (still) matters!

Olson, Gary M. and Olson, Judith S.(2000). Distance Matters. Human-Computer Interaction, vol. 15(2), pp.139-178.

Contradicting the idea that «Distance is Dead», and supporting with substantive theory in their study, Olson and Olson (2000) clearly show that technological mediated interactions will not completely substitute presence and co-located interactions, even with sophisticated technological use for work: "Distance is not only alive and well, it is in several essential respect immortal" ["(...) synthesized into four key concepts: common ground, coupling of work, collaboration readiness, and collaboration technology readiness"]

Aug 11, 2010

faraway nearness

"Two virtual places may be "separated" by only a keystroke, but their inhabitants will never meet." Kenneth J. Gergen (2000). Technology, Self and the Moral Project. in Identity and Social Change.

Jul 30, 2009

technologies as cultural artefacts

Cornford, Tony (2003) Information systems and new technologies: Taking shape in use. In: Avgerou, Chrisanthi and La Rovere, Renata Lèbre, (eds.) Information systems and the economics of innovation, pp. 162-177.

Woolgar, Steve (1996). Technologies as Cultural Artefacts. In Dutton, William and Peltu, H. Malcolm, (eds.) Information and communication technologies, pp. 87-102.

Mar 7, 2007

Sociedade em Rede

Castells, Manuel (2005). A Sociedade em Rede: do Conhecimento à Política. Gustavo Cardoso & Manuel Castells (Org.) A Sociedade em Rede: Do Conhecimento à Acção Política. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, pp. 17-30:
"Frequentemente, a sociedade emergente tem sido caracterizada como sociedade de informação ou sociedade do conhecimento. Eu não concordo com esta terminologia. Não porque conhecimento e informação não sejam centrais na nossa sociedade. Mas porque eles sempre o foram, em todas as sociedades historicamente conhecidas. O que é novo é o facto de serem de base microelectrónica, através de redes tecnológicas que fornecem novas capacidades a uma velha forma de organização social: as redes."(p.19)
"[As redes] podem, ao mesmo tempo, ser flexíveis e adaptáveis graças à sua capacidade de descentralizar a sua performance ao longo de uma rede de componentes autónomos, enquanto se mantêm capazes de coordenar toda esta actividade descentralizada com a possibilidade de partilhar a tomada de decisões. As redes de comunicação digital são a coluna vertebral da sociedade em rede, tal como as redes de potência (ou redes energéticas) eram as infra-estruturas sobre as quais a sociedade industrial foi construída, como demonstrou o historiador Thomas Hughes." (p.18)
Wishlist: Hughes, T. (2005). Human-Built World: How to Think about Technology and Culture. University Of Chicago Press.

PS [18/May/2007] - I already have Human-Built World: How to Think about Technology and Culture :-)