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Sep 28, 2010

Resoluções que extinguem

Vai fazer 4 anos que por Resolução do Conselho de Ministros n.º 124/2006 [Diário da República, Série I, de 2006-10-03] se anunciava a reviravolta do sistema dos laboratórios do Estado. Entre outras, lia-se no ponto 5, do anexo:
"É extinto o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), sendo os seus recursos científicos e tecnológicos, humanos e materiais reorganizados e integrados noutros laboratórios, centros tecnológicos, instituições de ensino superior e consórcios a criar. Em particular, as infra-estruturas do INETI transformam-se em parque de ciência e tecnologia com a participação e gestão de universidades, laboratórios associados e laboratórios do Estado e alargam-se a parcerias com empresas, no quadro de projectos definidos, organizando-se ainda como espaço de acolhimento de programas europeus de I&D."
  • Para onde foram os «seus recursos científicos»?
  • E os «recursos tecnológicos»?
  • E os «recursos humanos»?
  • Onde está o «parque de ciência e tecnologia com a participação e gestão de universidades, laboratórios associados e laboratórios do Estado»?

Claro está que estas questões não interessam a ninguém. O que interessa não é cuidar das infra-estruturas e da estabilidade necessárias para que se faça ciência, mas sim ficar bem na fotografia e inscrever nas palavras as intenções de actos que nunca irão ver a luz do dia, tornando irreversíveis os danos causados.

Pelo meio, no decurso de 4 longos anos, foram-se perdendo unidades, recursos científicos e tecnológicos. As cerca de 1000 pessoas na altura? Umas foram resistindo, outras cedendo, depois sucumbindo, caindo ou tombando... reconvertendo horizontes científicos em reformas antecipadas, em trabalho administrativo, em fragmentos profissionais, em alternativas à ciência.  Foram-se esvaziando as competências, as capacidades e as equipas que outrora alimentavam e captavam recursos. Os que resistem são menos de 500. Sem novas admissões ou valorização dos que ficam.

O que se ganhou com estas perdas para se sentir que valeu (vale?) a pena: para o país, para a IeD, para o Laboratório, para as unidades, para as equipas e para os reflexos que se fizeram (fazem) sentir na vida de tantos colegas? Quatro anos de transição e a tal «reorganização» ainda por acabar...

[link para o post de 3 de Outubro de 2006, no B2OB: Não basta estar extinto!]

PS [2010, 11 de Outubro]: Recebi (através de um amigo atento) a indicação da publicação em Diário da República da "Lista de Reafectação do Pessoal do INETI ao LNEG". Afinal passámos de cerca de 1000  para 404 efectivos. Ou seja, em 3 anos uma redução de 60% no quadro de pessoal!

Feb 25, 2008

PIM - 10 years after first study

Barreau, D. (2008). The persistence of behavior and form in the organization of personal information. Journal of the American Society for Information Science and Technology, vol. 59(2), pp. 307-317:
"This study revisits managers who were first interviewed more than 10 years ago to identify their personal information management (PIM) behaviors. The purpose of this study was to see how advances in technology and access to the Web may have affected their PIM behaviors. PIM behaviors seem to have changed little over time, suggesting that technological advances are less important in determining how individuals organize and use information than are the tasks that they perform. Managers identified increased volume of e-mail and the frustration with having to access multiple systems with different, unsynchronized passwords as their greatest PIM challenges. Organizational implications are discussed."